A história envolvente de um bando de ladrões cujo plano de tomar uma criança e seu avô como reféns em sua luxuosa casa em Londres, para extorquir dinheiro da mãe rica da criança, é interrompido por uma furiosa Black Mamba que foi acidentalmente incluída na mistura. É intrigante ver como o plano se desfaz à medida que o inimitável Klaus Kinski e seus cúmplices são vítimas, um a um, do indescritível predador, seu veneno é mais mortal do que qualquer outra espécie de cobra. Encurralados pela lei do lado de fora e pela agressividade do lado de dentro, eles devem se adaptar e improvisar para realizar uma fuga milagrosa, não mais preocupada com o dinheiro, mas com a sobrevivência básica.
Um pequeno e tenso thriller de suspense habilitado por um elenco forte, um diálogo decente e uma direção bem definida. Kinski como o protagonista principal é assustador, e ele é bem apoiado em Oliver Reed como o capanga embriagado e Susan George como uma improvável (e azarada) cúmplice. Também digno de nota é Nicol Williamson como o inspetor de polícia dedicado que se encontra no comando de um impasse tenso entre os bandidos, suas capturas e o réptil rebelde imprevisível. Embora a caracterização de Sterling Hayden de um ex-caçador de caça seja um tanto vaga e incidental ao enredo, ela adiciona outra dimensão aos procedimentos que desperta a curiosidade e colore a complexidade de um fio de outra forma simples.
O uso eficaz de cenários, iluminação, música e edição precisa complementam bem a violência ocasional sádica e surpreendentemente gráfica. A própria cobra, às vezes retratada por uma réplica, também é bem encenada e parece convincentemente hostil. Sutil e um tanto obscuro considerando seus créditos impressionantes (Tobe Hooper também estava relacionado com o filme no início, mas se separou do projeto), “Venom” é um thriller de reféns convincente, habilmente reforçado por um toque não ortodoxo, e vale bem o tempo .
DEMIS E ADELE EM 2015: